MENINA DE RUA, SãO pAULO - UM ITINERáRIO IMAGINáRIO um regisTro HisTórico-cuLTuraL De Linguagem auToraL e PoéTica com o oBjeTiVo De FomenTar uma reFLexão soBre a ciDaDe e sua ProDução.
Menina de rua, são Paulo | um itinerário imaginário, é um projeto de design editorial autoral e experimental dos designers Diego Tiradentes e Luiz Fernando Vicente.
A partir dos textos de a cidade polifônica, de massimo canevacci, nós propomos uma trajetória gráfica visual, que se inicia na av. Paulista e termina nas praças ao redor do centro da cidade. o projeto editorial propõe um contraponto entre o texto verbal e o visual, a partir da ampliação da leitura do texto original para além da sua compreensão intelectual, incluindo aspectos sensoriais, capturados pela percepção. Para tanto, utilizamos a função poética que privilegia o estatuto sonoro, visual da mensagem. o poeta seleciona, escolhe dentre/por entre os ele-mentos expostos no código aqueles que vai utilizar para combiná-los de maneira justaposta. a seleção é feita com base na semelhança, implica na substituição. Trata-se da metáfora. (cHaLHuB, 2006, pág. 37)
Dessa forma, pretendemos nos afastar da contigüidade do texto original, dos nexos de subordinação e coordenação, para evidenciar as metáforas, similaridades compostas por equivalências, criando mensagens volta-das para si mesmas.
como em um livro de poesia, este projeto gráfico irá manter uma inte-ratividade com o leitor, possibilitando que ele acompanhe a narrativa ou a linha condutora de forma linear ou aleatória. além dos elementos da poesia visual, acreditamos que as páginas dei-xam de ser apenas bidimensionais e incorporam o objeto com suas propriedades e significados. o manuseio passa a contar como elemento da leitura. o leitor passa a ser parte integrante do livro.
Para isso, a proposta é que haja uma interação com o leitor, que poderá mudar a ordem das páginas e conseguirá voltar para ordem original. o livro será composto por sete capítulos, e em cada um deles será utili-zado um tipo de linguagem visual particular, funcionando como um eixo para que o leitor saiba de qual capítulo se trata cada lâmina.













